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Entrevista Especial com Gaby Amarantos


Gaby Amarantos, uma das grandes estrelas do Tecno Brega do Pará,considerada a rainha do Tecno Brega. Nesta entrevista,a Gaby conta detalhes do seu DVD “Live in Jurunas” Online que foi lançado recentemente no canal de vídeos "Youtube", esse lançamento aconteceu no bairro onde ela ainda mora (Jurunas) bairro da Periferia do Pará. Além disso, ela falou também sobre as novidades da música paraense.



Gaby, para iniciarmos a entrevista, eu gostaria de saber como foi a gravação do DVD “Live in Jurunas” e também como foi o lançamento?
Gaby Amarantos: Na verdade, eu considero o “Live in Jurunas” um registro muito especial, bem documental, que nós fizemos em fevereiro de 2011, dirigido pelo cineasta Vincent Moon, que estava no Brasil, em parceria com a Priscilla Brasil, que faz os meus clipes, cuida da minha identidade visual e tudo agora para mim. Foi um show bem realidade, mostrando a Gaby do jeito que ela é de verdade, antes de todo este “boom”, nem a música da novela (“Ex-May Love”) tinha sido gravada ainda. A gente quis fazer aquele show na frente da minha casa, para mostrar as minhas raízes, minha comunidade, minha rotina, e as minhas influências. Lançamos agora dois anos depois, porque o Vincent e a Priscilla estavam se comunicando, fazendo os cortes do vídeo com muito cuidado. Como o Vincent viaja o mundo inteiro, e há pouco tempo ele estava na Etiópia; aproveitamos a volta dele para o Brasil, para concluir, terminar o trabalho e lançá-lo. Fizemos uma festa linda no bairro do Jurunas (bairro de origem da Gaby Amarantos) no mesmo lugar, onde a gente gravou, para a comunidade, para todo mundo que participou, e que foi um pouco produtor com a gente, para ver o resultado. Mas também foi uma maneira de agradecermos, e mostrar para todas as pessoas, que mesmo com toda a fama e sucesso, eu continuo sendo a mesma, que para mim o sucesso é irrelevante, que o mais importante é a música e trazer novas propostas para o País. Então, o lançamento foi muito lindo com um debate sobre a música da periferia no Brasil. Depois o vídeo exibido e todas as pessoas, que estavam lá assistindo, e que tinham participado da gravação, gritavam pois se reconheciam. A reação das pessoas foi muito bonita, foi muito gratificante fazer o lançamento lá.



Como é que você poderia explicar esse sucesso que você conseguiu ??



Gaby Amarantos:
Eu acho que tem uma série de fatores. Eu acho que não exista um por quê que a Gaby está fazendo este sucesso? Eu acho que isso corresponde, também, a uma ascensão da classe C. Mas além do momento econômico, no qual estamos vivendo, eu acho que também sou uma artista, que mostra que não precisa de todo este mito, que vem se sustentando há tanto tempo. Eu sou uma artista que está nas capas das revistas, que ganha prêmios, que faz shows; mas também sou uma artista que também tem uma vida normal. As pessoas se identificam comigo, as mulheres se identificam muito comigo, por causa do meu biótipo diferente, com a minha música que é diferente, que não é ao que todo mundo se propõe a fazer. Então, isso tudo vem também da muito da minha atitude, das pessoas que trabalham comigo, tudo isso está cativando o meu público. O que as pessoas dizem sobre o que estão gostando de mim? É que sou uma artista, que não precisou sair do seu bairro, que não precisou comprar a casa e o carro mais caros, para mostrar que tem muita grana. Pois continuo tendo a mesma vida, e que continuo, cada vez mais, crescendo, conquistando, e mostrando coisas novas. Tudo conspirou a favor para que esta ascensão positiva na minha carreira acontecesse.

Você falou muito em estética, eu queria saber sobre o teu visual, quais são as tuas inspirações para montar o teu figurino ?

Gaby Amarantos: O meu visual sempre foi diferente, desde quando eu me entendo por gente. Eu já pedia para a minha mãe, para que ela fizesse umas roupas diferentes para mim, e ela, prontamente, produzia. A minha mãe era uma mulher muito exuberante, quando ela era mais jovem. E eu cresci com esta referência materna, além das referências musicais artísticas, tais como: Clara Nunes, Ney Matogrosso, que eram os artistas da Música Popular Brasileira, que me chamavam a atenção por causa do figurino. Aqui no Pará, sempre fiquei impressionada com o visual do Pinduca. Depois, comecei a admirar o visual da Xuxa, com aquelas roupas diferentes. Eu lembro que eu pirava com Boy George. Então, qualquer artista que tinha um visual diferente me chamava à atenção. E quando eu comecei a cantar, eu levei isto para os palcos, e percebia que as pessoas, prestavam mais atenção, quando cantava com as roupas mais exuberantes. No início, eu fazia tudo, que esteve relacionado ao meu visual: bordava, desenhava e criava todo o conceito. Hoje em dia, tenho toda uma equipe que trabalha comigo, que é comandada pelo Diogo Carneiro, o meu personal stylist, e a gente usa o figurino de vários estilistas renomados do País, como: Valério Araújo, Ronaldo Fraga, André Lima, Victor Dzenk, o próprio Diogo faz alguns figurinos dos meus shows. Além disso, muitos estilistas novos mandam peças para eu usar. Esta coisa da tecnologia, dos leds, é uma referência das festas de aparelhagens, que nós temos no Pará, e tento mostrar como são as nossas festas para que todos os brasileiros possam conhecer um pouco da cultura paraense.

A música paraense vem conquistando uma grande fatia do mercado nacional, atualmente, com nomes como: Lia Sophia, Gang do Eletro, Felipe Cordeiro, entre outros. Quais outros artistas paraenses, você poderia destacar?

Gaby Amarantos: A gente está vivendo uma fase muito gostosa da música paraense. Porque além destes artistas, e outros que também estão tendo visibilidade, rola um movimento natural entre todos nós. O Felipe é meu amigo, nós já fizemos várias músicas juntos. A Lia também. Sou meio que madrinha dos meninos da Gang do Eletro. E tem muita gente bacana que já está lançando disco: a Aíla Magalhães, Luê Soares, que está lançando um disco lindo. E, além disso, tudo tem a banda Madame Saatan, que é uma excelente banda de rock; outra chamada Deliquentes, que é uma das bandas punks mais antigas do Brasil; e a Stress, que é a primeira banda de Heavy Metal do Brasil. Tudo isso mostra a diversidade da música paraense.

Gaby, quais são os teus próximos projetos?
Eu já estou na produção do meu segundo disco, a gente vai gravar primeiro um single, e vai ser um processo parecido do meu primeiro CD (“Treme”). Ainda estamos escolhendo, qual será este single. Mas com certeza, terá a participação de um artista, que também estamos decidindo qual vai ser. E, vamos fazer o clipe desta música. Eu quero que este segundo disco seja bem mais popular, bem mais abrangedor; não será um disco tão tecnobrega como foi o “Treme”. Terá muito da música paraense, mas quero gravar outras coisas. Quero usar elementos da música eletrônica de periferia do mundo inteiro. Então, não se assustem se escutarem elementos do Funk carioca, do Kuduro, ou seja, músicas periféricas que estou pesquisando, porque eu dialogo muito com isso tudo. Vou gravar um DVD no primeiro semestre, e acredito que já lançaremos no segundo. E estamos com uma agenda bem grande de shows para cumprir, vou fazer uma turnê internacional agora em junho. Graças a Deus, tem muitas coisas legais acontecendo.



































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